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Com quase 145 anos de história, Americana se destaca por seu desenvolvimento urbano. Conhecida por muito tempo como a capital nacional da indústria têxtil, é o quarto município mais populoso da Região Metropolitana de Campinas.
Uma grande cidade não se constrói apenas de ruas e prédios, mas também de pessoas. Ao longo dos anos, vários nomes se destacaram na história deste município, tendo papel importante tanto na fundação, quanto no seu desenvolvimento.
Vamos conhecer o nome de cinco pessoas que marcaram a história de Americana. Confira:
Antônio Álvares Lobo

Nascido em Itu, o advogado e proprietário rural Antônio Álvares Lobo é reconhecido como patrono da emancipação político-administrativa de Americana. Radicado em Campinas, lutou pela causa abolicionista, foi filantropo, vereador, presidente da Câmara e intendente (equivalente a prefeito) de Campinas, além deputado estadual.
Motivado pelo rápido desenvolvimento do local, Antônio Álvares Lobo encabeçou, em 1922, o processo de emancipação político-administrativa da Villa de Americana. Dois anos depois, em 12 de novembro de 1924, Americana foi reconhecida como município, conquistando sua independência de Campinas.
Morreu em 1934 aos 74 anos, no dia em que completaria 50 anos de casamento com Guilhermina de Freitas. Devido aos relevantes trabalhos em prol de Americana, Antônio Álvares Lobo dá nome a uma avenida e ao plenário da Câmara dos Vereadores da cidade.
Ignácio Corrêa Pacheco
Capitão Corrêa Pacheco é considerado o fundador de Americana. Adquiriu parte da Fazenda Machadinho, às margens do Ribeirão Quilombo, e decidiu loteá-la, formando assim o primeiro núcleo habitacional de Americana, dando início ao processo de urbanização do município.
Em suas terras foi construída a estação ferroviária, inaugurada em 1875 com o nome de “Estação de Santa Bárbara”. Anos depois, Ignácio Corrêa Pacheco foi o responsável por identificar a estação com o nome “Villa Americana”. Este foi considerado o grande marco para a construção da identidade cultural de Americana, e sua consequente desvinculação do município barbarense.
Ignácio Corrêa Pacheco foi nomeado Capitão da Guarda Nacional em 1894. Poliglota, foi professor de Literatura no Colégio Piracicabano e viveu vários anos na Europa. Faleceu em 1929 aos 73 anos.
Basílio Bueno Rangel
Contemporâneo a Ignácio Corrêa Pacheco, Capitão Basílio Bueno Rangel lutou pela emancipação de Americana. Correspondente do “Diário de Campinas”, publicou, em 7 de março de 1900, texto alegando ter tido seus móveis levados pelo juiz de paz de Santa Bárbara como parte de cobrança de impostos, que já haviam sido recolhidos para Campinas.
O imbróglio deu-se pois a Villa Americana estava na área territorial de Campinas, mas era administrada pelo município barbarense, que não reconhecia o lançamento de impostos para os campineiros. A situação só foi resolvida em julho de 1904, quando o Governo do Estado criou o Distrito de Paz de Villa Americana, dentro do município de Campinas.
Basílio Rangel era também proprietário do Parque Ideal (onde hoje localiza-se o Paço Municipal), e era conhecido por franquear o acesso para a população.
Por sua luta pela independência do município, é considerado o co-fundador de Americana. Morreu em 1919 com 68 anos.
Comendador Franz Müller

O alemão Franz Müller é lembrado por sua grande contribuição para o desenvolvimento da cidade de Americana. Chegou ao Brasil em 1879 estabelecendo-se em Porto Alegre. Dez anos depois mudou-se para São Paulo e logo comprou, em leilão, a Fábrica de Tecidos Carioba, em Americana. A fábrica, construída por ingleses, havia falido e a intenção inicial de Müller era recolocá-la em funcionamento para depois vendê-la.
No entanto, Franz Müller se encantou pela beleza natural do local, na confluência dos rios Piracicaba e Quilombo, e lá se instalou com sua família. Em volta da casa sede, construiu residências para seus seis filhos. Além disso, foi responsável pela ampliação da vila operária, que chegou a ter 287 casas para os empregados e suas famílias, seguindo a arquitetura alemã.
Com a necessidade de uma fonte de energia mais potente para expandir a fábrica, Franz Müller compra, em 1907, a Fazenda Salto Grande, onde constrói uma hidrelétrica que passa a fornecer energia não somente para Carioba, mas também para a Villa Americana e municípios vizinhos. Foi nesta época que a família adotou o sobrenome Müller Carioba.
Franz Müller também destacou-se por relevantes serviços prestados à colônia austríaca, tendo recebido por isso o título de Comendador pelo imperador da Áustria. Faleceu em 1920 com 65 anos.
Antônio Zanaga

Antônio Zanaga foi o quinto chefe do Poder Executivo americanense e o primeiro a ter o título de prefeito – antes dele, os administradores municipais eram chamados de intendentes. Esteve no cargo em dois mandatos: entre 1931 e 1933 e de 1936 a 1941.
Durante sua administração, a cidade viveu uma fase de profundo crescimento econômico, principalmente na indústria têxtil. Devido a esse desenvolvimento acentuado, durante a administração de Antônio Zanaga, o município abandona o nome de Villa e passa a se chamar somente Americana, ficando, ainda, conhecido como “a capital do Tecido Rayon”.
Antônio Zanaga também foi vereador por duas legislaturas. Faleceu em 1970 aos 67 anos. No final daquela década deu nome ao bairro que viria a ser um dos maiores e mais populosos de Americana, conhecido por muitos como “mini-cidade”.
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