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3 de março de 2020Os 11 maiores craques revelados pelo time Rio Branco de Americana
Chico Sardelli presidiu o Rio Branco Esporte Clube entre 1989 a 1991, estando à frente do clube quando a agremiação conseguiu o acesso à primeira divisão do Paulistão, em 1990.
Nos anos 1990 o Tigre da Paulista viveu o auge, disputando a primeira divisão por várias temporadas consecutivas, e encarando de igual para igual times considerados grandes.
Uma das razões para o sucesso do time americanense foi a revelação de jogadores. Além de trazer receitas com a venda desses atletas, o sucesso destas revelações do Rio Branco fez com que os grandes clubes e a mídia especializada começasse a olhar com mais atenção para o futebol de Americana.
Por isso, selecionamos dez craques revelados pelo Rio Branco que, além de fazer história vestindo a camisa de grandes clubes, tiveram passagem pela Seleção Brasileira e até mesmo de outros países.
Macedo
O atacante Natanael dos Santos Macedo foi um dos primeiros a tornar o Rio Branco conhecido como “revelador de craques”. Americanense de nascimento, despontou no final da década de 1980 no Tigre e em 1990 foi contratado pelo São Paulo, onde viveu o auge de sua carreira, chegando a ser convocado para a Seleção Brasileira.
Em um time repleto de estrelas – com Zetti, Cafu, Pintado, Palhinha, Müller, Ronaldão, Antonio Carlos, Elivélton entre outros – Macedo era considerado reserva de luxo do técnico Telê Santana na equipe bicampeã da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes nos anos de 1992 e 1993.
Pelo Tricolor Paulista, também foi duas vezes campeão Paulista, campeão Brasileiro, da Supercopa da Libertadores e da Recopa Sul-americana.
Do São Paulo se transferiu para o Cádiz, time pouco conhecido da Espanha, e retornou ao Brasil em 1994. Teve passagens por outros grandes times, como Santos, Cruzeiro, Vasco e Grêmio, e encerrou a carreira jogando em clubes pequenos do interior paulista. Após a aposentadoria, teve passagens pelo futebol amador de Americana.
Flávio Conceição
Nascido em Santa Maria da Serra, município da 100 km de Americana, o volante Flávio da Conceição consolidou sua carreira na Europa e na Seleção Brasileira, colecionando troféus tanto pelos clubes quanto com a camisa verde e amarela.
Revelado pelo Rio Branco em 1992, logo chamou a atenção do técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, sendo contratado no ano seguinte. Pelo Verdão foi bicampeão Brasileiro e Paulista.
Destaque da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996, se transferiu para o Deportivo La Coruña, da Espanha, iniciando sua carreira no Velho Continente.
O auge aconteceu entre 2000 e 2004, quando atuou pelo Real Madrid. Neste período ajudou os merengues nos títulos da Liga dos Campeões, Mundial de Clubes, Supercopa da Europa e foi três vezes campeão Espanhol.
Teve ainda passagens por Borussia Dortmund, da Alemanha, Galatasaray, da Turquia, e encerrou a carreira em 2006, aos 32 anos, jogando pelo Panathinaikos, da Grécia.
Pela Seleção Brasileira jogou 64 partidas e marcou nove gols, sendo bicampeão da Copa América (1997 e 1999). Sua maior frustração foi não ter sido convocado para a Copa do Mundo de 1998 devido a uma lesão no joelho.
Marcos Assunção
Revelado pelo Rio Branco em 1993, o volante, nascido em Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo, rapidamente se destacou e foi contratado pelo Santos, onde teve sua primeira oportunidade na Seleção Brasileira.
Envolvido em uma troca de jogadores com o Flamengo, passou nove intensos meses no time carioca, voltando ao clube santista, de onde seria negociado com a Roma, da Itália. Por aquele clube ele foi campeão italiano e da Supercopa da Itália.
No Real Bétis, da Espanha, ganhou fama como grande cobrador de faltas. Após cinco anos de Europa, Assunção foi jogar nos Emirados Árabes. Retornou ao Brasil em 2009 para defender o modesto Grêmio Barueri, quando muitos já davam como certo o seu fim de carreira.
Destacando-se pela forma física e pela qualidade nas finalizações de bola parada, chamou a atenção dos dirigentes do Palmeiras, o que marcou seu reinício de carreira. Pelo Verdão foi campeão da Copa do Brasil, capitão do time e atingiu a marca de 145 partidas com a camisa alviverde.
Após não renovar contrato com o Palmeiras, em 2013 voltou ao Santos, passando, depois, por Figueirense, Portuguesa e Criciúma. Encerrou a carreira pelo Sampaio Corrêa, do Maranhão, em 2016.
Pela Seleção Brasileira disputou as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, mas não foi convocado para o Mundial que daria o pentacampeonato ao Brasil.
Marcos Senna
Revelado pelo Rio Branco em 1997, Marcos Senna da Silva passou pelo América (SP) antes de ser contratado pelo Corinthians, onde foi Campeão Mundial de Clubes em 2000.
Depois de uma rápida passagem pelo Juventude, foi vice-campeão da Copa Libertadores pelo São Caetano, em 2002, de onde partiu para a Espanha.
Jogou por 11 anos pelo Villareal, o que lhe rendeu convocações pela Seleção Espanhola. Uma delas, para a Copa do Mundo de 2006, tornou Marcos Senna o primeiro brasileiro a jogar pela Espanha em mundiais. Foi ainda campeão da Eurocopa 2008.
Em 2013 foi contratado pelo New York Cosmos, time da segunda liga dos EUA, onde foi campeão duas vezes, até encerrar a carreira, em 2015. Ele é primo do também volante Marcos Assunção.
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Mineiro
Mineiro só no apelido. Carlos Luciano da Silva é gaúcho de Porto Alegre. Iniciou a carreira pelo Internacional, aos 21 anos de idade, mas ganhou projeção no Rio Branco. Depois de passagens por Guarani e Ponte Preta, foi campeão Paulista pelo São Caetano.
Viveu seu melhor momento no São Paulo, sendo autor do gol do título Mundial de Clubes em 2005, contra o Liverpool.
Pelo Tricolor Paulista ganhou ainda a Copa Libertadores, campeonatos Paulista e Brasileiro. Em 2007 foi contratado pelo Hertha Berlim, da Alemanha. Passou ainda por Chelsea, da Inglaterra, e Schalke 04 e TuS Koblenz, ambos da Alemanha.
Pela Seleção Brasileira fez 25 jogos e foi Campeão da Copa América em 2007. Seu melhor momento foi a convocação para Copa do Mundo de 2006, após o corte de Edmilson.
Sinha
Nascido em Itajá, no Rio Grande do Norte, o meio-campista Antônio Naelson Matias demorou a despontar para o futebol de alto nível. Não tendo oportunidades em grandes clubes brasileiros, foi jogar no México com quase 30 anos de idade, o que mudaria sua carreira.
Com passagens importantes por Monterrey, Toluca e Querétano, se naturalizou e foi convocado pela Seleção Mexicana. Apesar de encontrar resistência de alguns nacionalistas mexicanos, Sinha teve participações importantes por seu país adotivo.
Pela Seleção do México disputou os Jogos Olímpicos de 2004, a Copa das Confederações de 2005, a Copa Ouro de 2006 e a Copa do Mundo da Fifa de 2006.
Sinha é primo do meio-campista Souza, também revelado pelo Rio Branco e que teve passagens por Corinthians, São Paulo e Seleção Brasileira.
Souza
José Ivanaldo de Souza fez 76 jogos e dez gols pelo Rio Branco. Seus belos gols e dribles curtos chamaram a atenção de grandes times, sendo contratado pelo Corinthians em 1994.
Em quase cinco anos atuando pelo Timão conquistou dois títulos estaduais e uma Copa do Brasil. Boas atuações lhe renderam convocações para a Seleção Brasileira.
Em 1998 se transferiu para o rival São Paulo, onde também conquistou títulos, entre eles o Campeonato Paulista e o Torneio Rio-São Paulo. Teve passagens discretas por Atlético Mineiro, Flamengo e pelo futebol russo.
Encerrou a carreira pelo América, de Natal (RN), ajudando a equipe a escapar do rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro.
Pela Seleção Brasileira foi convocado 11 vezes, atuando em quatro jogos e marcando um gol.
Marcelinho Paraíba
Jogando pelo Rio Branco, o campinense Marcelo do Santos, ainda apenas Marcelinho, começou a chamar a atenção de grandes clubes. Contratado pelo São Paulo em 1997, acrescentou o nome de sua terra natal ao apelido, para diferenciar de jogadores homônimos que atuavam em outros clubes.
Pelo Tricolor Paulista ganhou dois títulos estaduais, até ser transferido para o Olympique de Marseille, da França, onde ficou por pouco tempo.
Jogando pelo Rio Branco, o campinense Marcelo do Santos, ainda apenas Marcelinho, começou a chamar a atenção de grandes clubes. Contratado pelo São Paulo em 1997, acrescentou o nome de sua terra natal ao apelido, para diferenciar de jogadores homônimos que atuavam em outros clubes.
Pelo Tricolor Paulista ganhou dois títulos estaduais, até ser transferido para o Olympique de Marseille, da França, onde ficou por pouco tempo.
Seu melhor momento da carreira foi na Alemanha, levando o modesto Hertha Berlim ao bicampeonato da Copa da Liga Alemã. Por aquele clube atuou por seis anos consecutivos.
Depois de defender outras equipes alemãs, voltou ao Brasil em 2008, contratado pelo Flamengo. Entre altos e baixos no Rubro-Negro, foi contratado pelo Coritiba, sendo artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2009, o que despertou o interesse do seu ex-clube, o São Paulo.
Contratado pelo Tricolor, não correspondeu conforme esperado. Com condição física invejável, Marcelino tem 45 anos e continua na ativa. Atualmente joga pelo Perilima, time de Campina Grande, sua cidade Natal. Ao todo, já atuou por mais de 20 clubes diferentes.
Pela Seleção Brasileira disputou as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, participando de quatro jogos. No total, foram seis jogos pelo Brasil, sendo apenas um jogo com gol marcado.
Sandro Hiroshi
Mais uma revelação do Tigre, Sandro Hiroshi Parreão Oi nasceu em Araguaína, Tocantins. Passou pelo Tocantinópolis antes de chegar ao Rio Branco, onde disputou o Campeonato Paulista de 1999. Sua velocidade e o bom chute chamaram a atenção do São Paulo, equipe pela qual viria a formar dupla com França.
Hiroshi foi campeão Paulista, do Rio-São Paulo e do Supercampeonato Paulista, mas sua carreira no futebol não deslanchou por questões burocráticas
Transferido para o Flamengo, também não emplacou e passou a jogar em clubes de menor expressão do Brasil e exterior, entre eles Figueirense, Guarani, Santo André e Red Bull Brasil.
De volta ao Rio Branco, foi Campeão Paulista Série A-3 em 2012 e encerrou a carreira no ano seguinte, chegando a atuar como dirigente do clube.
Pela Seleção Brasileira conquistou o Campeonato Sul-Americano Sub-17 em 1997.
Pituco
Revelado pelo Rio Branco, Pituco Sacilotto esteve há vários anos no futebol da Itália. O fato de ter o passaporte italiano foi crucial para a sua transferência, uma vez que ele não atuaria no futebol italiano como estrangeiro. Pituco se destacou na Copa São Paulo de 2004, quando marcou seis gols pelo time Rio Branco. Além do time de Americana, o volante também passou pelo St. Patrick, da Irlanda.
Jogou a temporada 2015/16 da Lega Pro (correspondente à 3ª divisão do Campeonato Italiano) pelo Robus Siena, da cidade de Siena, na região da Toscana. Ele era o único brasileiro no elenco.
O Siena foi seu sétimo time no país. Anteriormente, o jogador americanense já vestiu a camisa do Perugia, Cesena, Lanciano, Nocerina, Latina e Lecce. O americanense Pituco Sacilotto, que jogou durante 11 anos em clubes das Séries B e C da Itália, já de volta ao Brasil, anunciou sua aposentadoria do futebol aos 33 anos para se dedicar profissionalmente aos negócios e a sua família.
Anaílson
Revelado pelo Rio Branco em 1998, o maranhense Anaílson Brito Noleto viveu seu melhor momento jogando pelo São Caetano, clube que o contratou em 2001.
No Azulão, o meio-campista foi vice-campeão Brasileiro, vice-campeão da Copa Libertadores e campeão Paulista.
Depois de passagens breves por times de menor expressão no Brasil, e uma rápida passagem pelo futebol japonês, Anaílson se firmou no Atlético Goianiense, clube pelo qual ganhou três campeonatos estaduais e a Série C do Campeonato Brasileiro de 2008.
Anaílson encerrou a carreira em 2015 e, desde 2017, é treinador do Tocantinópolis, onde já havia atuado como jogador em 2014. Pela Seleção Brasileira foi Campeão Mundial Sub-17 em 1997.
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