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14 de fevereiro de 20204 marcos históricos da cidade de Americana que talvez você não conhecia
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Vista Basílica de Santo Antonio - Ponto Turístico da cidade - Foto divulgação Wikipedia.
De vila à Princesa Tecelã. Fundada há quase um século e meio, Americana passou de uma cidade agrícola para um dos polos industriais mais desenvolvidos do país, chegando a ser referência na América Latina.
Com sistema educacional referência e em função do rápido crescimento populacional, nosso município se desenvolveu rapidamente, e atualmente possui um parque industrial diversificado.
Confira quatro marcos históricos que consolidaram a Princesa Tecelã:
A estação de trem: onde tudo começou!
No final do século 19, o Brasil Imperial realizava um projeto de expansão da malha ferroviária para melhor escoar a produção agrícola das fazendas do interior para o Porto de Santos. Uma dessas linhas, que ligava Campinas a Rio Claro, passava próxima ao Ribeirão Quilombo.
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Nessa região, nas terras da Fazenda Machadinho, começou a ser construída uma estação de trem, denominada Estação de Santa Bárbara, uma vez que o território pertencia ao município barbarense.
Com o tempo, um povoado surgiu no entorno da estação, que ficou conhecido como Villa dos Americanos, em função do grande número de imigrantes vindos dos Estados Unidos após a Guerra Civil.
Devido ao rápido desenvolvimento, em pouco tempo a estação teve seu nome alterado para Villa Americana, que seguiria com a desvinculação de Santa Bárbara e culminaria com a emancipação política e surgimento de um novo município.
Apesar de os primeiros povoados terem surgido ainda no século anterior, com imigrantes italianos e portugueses, o marco fundamental para a formação de Americana foi a inauguração da estação de trem, em 27 de agosto de 1875. Esta data é considerada o aniversário de Americana.
Carioba e o primeiro asfalto do Brasil
Se a estação de trem foi responsável pelo desenvolvimento econômico e populacional de Americana, Carioba, com certeza, deu o início à vocação têxtil do município.
No início dos anos 1900, a Fábrica de Tecidos Carioba foi arrematada em leilão pelo alemão Franz Müller, que tinha como objetivo recuperá-la para depois vender.
Encantando pela beleza natural do local, Müller resolveu ficar e construiu casas para seus seis filhos. Com novos métodos de trabalho e tecnologia, eles deram um novo começo à tecelagem, e a vila operária que se formava em torno dela foi expandida para abrigar seus colaboradores.
As ruas do bairro Carioba foram as primeiras do país a receber asfalto, importado da Alemanha. A rua que leva o mesmo nome do bairro é considerada a mais antiga via da cidade. Ela foi aberta em 1875 para ligar o bairro à estação ferroviária.
A palavra Carioba, em tupi-guarani, significa “pano branco”, uma alusão ao seu principal produto obtido do algodão.
Franz Müller foi ainda o responsável pela construção de uma hidrelétrica na Fazenda Salto Grande, com o objetivo de oferecer energia para suas fábricas, e que alimentou também a Villa Americana e municípios vizinhos.
Colégio Vocacional revolucionou a educação
Durante a década de 1960, Americana foi uma das poucas cidades – eram apenas seis – a possuir uma unidade do Colégio Vocacional. O modelo revolucionou a educação do país na época, abrindo as portas para muitos sistemas educacionais atuais.
Coordenado pela professora Maria Nilde Mascellani, o Sistema de Ensino Vocacional era baseado em trabalhos em grupos, com meninos e meninas dividindo o mesmo espaço, viagens pedagógicas e temas interdisciplinares.
Também alterou o processo de avaliação, substituindo as tradicionais notas por conceitos, onde os próprios alunos se autoavaliavam em diversos aspectos, e depois confrontavam no Conselho de Classe.
O Sistema de Ensino Vocacional foi extinto pelo regime militar em 1969 por ser considerado subversivo e divulgador de propaganda comunista, levando a professora Maria Nilde à prisão. Ainda assim, deixou um grande legado de inovação no processo educacional.
O Colégio Vocacional de Americana era sediado na Rua Duque de Caxias, onde hoje está a Escola Estadual João XXIII. As outras unidades eram em Batatais, Barretos, Rio Claro, São Caetano do Sul e São Paulo.
Americana e o auge da indústria têxtil
![https://chicosardelli.com.br/wp-content/uploads/2020/02/princesa-tecelã.jpg](https://chicosardelli.com.br/wp-content/uploads/2020/02/ponto_turistico18_2.jpg)
A tradição têxtil de Americana data do final do século 19 com a instalação dos primeiros teares para produção de tecidos de algodão, fundada por ingleses, e que viria ser a Fábrica de Tecidos Carioba.
Apesar da falência, com a compra pelo alemão Franz Müller o setor se recuperou, e com novos investimentos em maquinário e tecnologia, aliados ao desenvolvimento populacional do município e à inauguração da estação de trem, o setor deu início ao que seria, por décadas, o carro-chefe da economia de Americana.
A década de 1930 foi o auge do desenvolvimento econômico de Americana. Foi nesta época que, devido ao desenvolvimento acentuado, a cidade, emancipada em 1924, abandona o nome de Villa e passa se chamar somente Americana, ficando conhecida como a capital do Tecido Rayon.
Entre os anos de 1935 e 1970, com a implantação da indústria faccionista, surgiram pequenas empresas têxteis que, ao longo do tempo, acabaram se transformando em renomadas indústrias, tornando Americana, por muito tempo, o maior polo produtor de fibras artificiais e sintéticas da América Latina.
Com a abertura da economia brasileira a partir do início dos anos 90, o parque industrial sofreu um processo de reestruturação para enfrentar a concorrência, modernizando-se e diversificando-se, principalmente dos produtos asiáticos.
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