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Foto: Facebook da Basílica Santo Antônio de Pádua
Mais de 40 anos depois de sua conclusão, a Basílica Santuário Santo Antônio de Pádua, em Americana, encanta a todos por seu tamanho, beleza e importância.
Maior templo em estilo neoclássico do Brasil, é também a maior igreja de Diocese de Limeira. Suas pinturas, esculturas e vitrais são verdadeiras obras de arte ao alcance de todos.
Para chegar a este patamar, no entanto, foi necessário muito tempo, trabalho, visão estratégica, e até algumas frustrações.
Confira, a seguir, cinco fatos que fizeram parte da história da Basílica e que nem todo mundo conhece:
Grandeza é a marca da Basílica

A Basílica Santuário Santo Antônio de Pádua ostenta vários títulos de grandeza: seja no tamanho, seja na importância. Além de maior igreja em estilo neoclássico do Brasil, é também o maior templo da Diocese de Limeira.
Medindo 22 metros de altura, 80 metros de comprimento e 30 metros de largura, sua cúpula tem 50 metros de circunferência, e seu piso se estende por 42 metros.
A fundação da igreja conta com 560 grandes estacas de concreto, e foram utilizados 3 milhões de tijolos em sua construção. A igreja tem forma de cruz latina. A fachada é formada por seis colunas que sustentam o teto.
Tem capacidade para cerca de 1.200 pessoas sentadas nos bancos de madeira, porém é capaz de dobrar o número de lugares quando utilizados assentos provisórios.
A Basílica de Americana é um dos poucos templos a receber este título, que é outorgado pelo Vaticano à igrejas que cumprem diversos requisitos técnicos. Há pouco mais de 60 basílicas no Brasil, e menos de 20 no estado de São Paulo.
Um museu de artes ao alcance de todos
Os atrativos da Basílica Santo Antônio de Pádua vão além de seu caráter religioso ou de seu tamanho imponente. A construção retrata características peculiares do estilo neoclássico, como: cúpula, pórticos colunados, frontões triangulares, formas regulares e simétricas, uso de materiais nobres (como mármore e madeira) entre outros.
O que chama mais atenção dos visitantes são as paredes e o teto: pinturas murais que são verdadeiras obras de arte, feitas pelos irmãos Pedro e Uldorico Gentilli. O segundo é responsável, também, por esculpir doze imagens para o lado externo da cúpula.
Em cada janela foi feito um vitral com um dos dez mandamentos, feitos por diversos artistas, seguindo as imagens bíblicas, selecionadas pelo Monsenhor Nazareno Maggi, idealizador do templo.
Pedro Gentilli viria a falecer em 1968, após adoecer em decorrência de inalação de tinta. O quadro que ele pintava à época foi mantido inacabado. Uldorico continuou o trabalho, finalizando-o em 1972.
O carrilhão e os oito sinos que tocam notas musicais
O conjunto de sinos que formam o carrilhão da Matriz é um dos mais importantes e preciosos do Estado de São Paulo. São oito sinos fundidos com 80% do mais puro cobre, 20% de estanho e uma pequena porcentagem de alguns outros componentes, que lhes garantem a sonoridade.
No total pesam 2.755 quilos, porém com os badalos e acessórios chegam a quase cinco toneladas, e quando estão em funcionamento, devido aos movimentos, o seu peso triplica.
No dia 13 de dezembro de 1961 foram abençoados pelo então Bispo Diocesano de Campinas. Sua benção se deu nas escadarias da igreja, sendo levados à torre posteriormente, e inaugurados na noite de Natal de 1961.
Você sabia que cada um deles soa uma nota musical? Além disso, se observados de perto, pode-se ver que cada um possui um detalhe especial: neles estão gravados, em alto relevo, imagens de santos, papas, bispos e passagens bíblicas.
De Santuário à Basílica

Grande em tamanho, o próximo passo foi crescer em importância. Em junho de 2013 a então Matriz recebeu o título de santuário diocesano. Junto ao fato, a igreja passou a ter mais atividades, mais horários de celebrações e de atendimento entre outros. Além disso, o templo ganhou mais visibilidade e passou a ser visitado por romeiros e devotos de todo o país.
Com esse fato, deu-se início ao processo canônico para elevação ao grau de Basílica, mais alto posto que uma igreja pode alcançar. Em tempo recorde, menos de um ano depois da nomeação do santuário, o Papa Francisco assina o decreto de criação da Basílica Menor de Santo Antônio de Pádua.
A Missa de Instalação da Basílica ocorreu no dia 30 de novembro de 2014 sendo presidida pelo Arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB, Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, com a presença de dezenas de padres, bispos, diáconos e seminaristas, além de milhares de fiéis que acompanharam na igreja e ao vivo pela TV e pelo rádio.
Monsenhor Nazareno Maggi: visionário e político
Fundada em 1897, a então Matriz de Santo Antônio de Pádua, localizada a poucas quadras da atual Basílica, foi a primeira igreja católica de Americana. Com o crescimento populacional, o espaço foi se tornando pequeno e, no final da década de 1940, começaram os estudos para se construir uma nova matriz. Monsenhor Nazareno Maggi, pároco na época, foi o precursor da ideia e lutou com a população para que esse sonho se tornasse realidade.
A construção iniciou-se em 1950, pela empresa campineira Lix da Cunha. As previsões de custo assustaram os fiéis, e para arrecadar fundos foram feitas várias campanhas na época. Além disso, Monsenhor Maggi também atuava nos bastidores políticos, angariando verbas juntos a autoridades públicas e famílias tradicionais da cidade.
Dizem, porém, que Monsenhor Maggi, ao idealizar um templo tão imponente, pensava mais alto: tornar Americana sede da futura diocese. Ele, porém, faleceu em 1972 sem ver sua obra acabada. Sem sua influência política, Americana perde a “disputa” para Limeira, onde, em 1976, seria instalada a nova diocese.
As obras da nova Matriz foram concluídas em 1977, sob a responsabilidade do novo pároco, Padre Constantino Gardinalli, hoje Monsenhor e pároco-emérito.
No site Oficial da Basília você pode conferir um Tour Virtual. Aproveite para conhecer a maior Igreja em estilo neoclássico do Brasil. Faça o tour clicando aqui.
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