Conhecido por revelar muitos atletas, o Rio Branco também proporcionou alegrias em campo ao seu torcedor. Por quase duas décadas levou o nome de Americana aos principais veículos de comunicação do país, ao disputar por 17 anos consecutivos a primeira divisão do Campeonato Paulista de Futebol – algo raro para uma equipe do interior.

Além disso, realizou campanhas inesquecíveis, que marcaram a história do Tigre. 

Conheça as principais conquistas do time de Americana:

Bicampeão Paulista do Interior

Entre as décadas de 1920 e 1930, antes da era profissional, era realizado o Campeonato Paulista do Interior, visto que o Estadual da época abrigava basicamente as equipes da capital, além do Santos e, posteriormente, os clubes de Campinas.

Por conta da dificuldade de locomoção – a maioria das viagens era realizada de trem, o campeonato era dividido em zonais regionais. Vencedor da Zona Paulista, o time de Americana foi campeão dois anos consecutivos – 1922 e 1923.

O primeiro título ficou conhecido como “Campeão do Centenário”, pois o Brasil comemorava 100 anos de sua independência.

O Campeão do Interior tinha o direito de disputar a “Taça Competência”, disputada em partida única contra o Campeão Paulista da mesma temporada.

O Rio Branco foi vice-campeão nas duas oportunidades perdendo para o Corinthians, por 5 a 0 e 2 a 1, respectivamente.

Vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior 2008

Com campanha quase impecável – sendo derrotado apenas na final – o Rio Branco chegou perto do título da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Conhecido como clube que sempre investiu na formação de atletas, o Tigre de Americana levantou o troféu de vice-campeão do mais importante campeonato de juniores do Brasil em 2008.

Na fase de grupos, com sede em Americana, o Rio Branco não tomou conhecimento dos adversários, vencendo Náutico (RR), Guarani e Criciúma. Foram 15 gols marcados e apenas três sofridos.

A boa campanha seguiu nas fases seguintes, quando o Tigre eliminou Ferroviária (3 a 1), Taboão (3 a 1) e Fortaleza (4 a 1). O único empate deu-se na semifinal com o Internacional (1 a 1), classificando-se para a decisão na disputa de pênaltis.

Em uma final improvável – que não reunia nenhum dos tradicionais clubes do futebol brasileiro – o Figueirense derrotou o Rio Branco por 2 a 0, no dia 25 de janeiro de 2008, no estádio Nicolau Alayon, na capital Paulista. O time de Santa Catarina era comandado por Rogério Micale, treinador que viria a ser Campeão Olímpico com a Seleção Brasileira em 2016.

Pelo lado do Tigre, nomes como o do lateral Dênis Neves e do centroavante Helerson se destacaram na competição.

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Campeão Paulista Série A-3 de 2012

O título da terceira divisão estadual em 2012 foi, sem dúvida, a última grande conquista do Rio Branco. Disputando pela primeira vez a Série A-3, o Tigre fez bonito. 

Após realizar a melhor campanha nas duas primeiras fases, o time disputou a final do torneio contra o Grêmio Osasco. Depois do empate sem gols fora de casa, com o Estádio Décio Vitta cheio, o Tigre venceu por 2 a 0 e levantou o troféu de campeão.

Vindo, até então, de dois rebaixamentos consecutivos – saiu da primeira divisão em 2010 para a terceira em 2012 – a excelente campanha e o título da Série A-3 deram esperanças ao torcedor de que o clube viveria um novo momento, um recomeço.

Porém, a expectativa não se concretizou. Além de não conseguir novo acesso, o Tigre ficou apenas duas temporadas na segunda divisão, sendo rebaixado em 2014. Atualmente o Rio Branco disputa a Série B do Campeonato Paulista – equivalente à quarta divisão estadual.

1990, o ano do acesso!

O auge do Rio Branco na elite do futebol aconteceu entre os anos de 1991 a 2007, quando o time disputou, de maneira consecutiva, a primeira divisão do Campeonato Paulista. E tudo começou em 1990, o ano do acesso.

À época o Rio Branco disputava a Divisão Especial – equivalente ao segundo nível do futebol paulista. O Tigre foi vice-campeão, dentre 26 clubes disputantes, e ganhou direito ao grupo B da 1ª divisão do ano seguinte.

A partida decisiva de 1990 foi contra o Olímpia. O empate em 0 a 0 garantiu ao time de Americana a segunda colocação e o direito de disputar, pela primeira vez, a elite do futebol estadual.

Foram 40 jogos disputados sendo 24 vitórias, nove empates e sete derrotas. O elenco tinha nomes lembrados até hoje, como Pianelli, Macedo, Vaguinho Dias, Marquinhos Sartore, Carlos Pracidelli, entre outros. O técnico da equipe era Afrânio Riul.

O clube era presidido pelo querido Chico Sardelli, que comandou o Rio Branco entre 1989 e 1991 e conquistou, além do acesso, várias benfeitorias para o Estádio Décio Vitta.

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