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Legenda: Foto Divulgação - Ed Ghiraldelli
Inaugurado na manhã do domingo 19 de julho de 1959, o Mercado Municipal de Americana foi construído pelo então prefeito Abrahim Abraham, substituindo as feiras livres que haviam no local.
Estrategicamente localizado a poucos metros da estação da Fepasa, na época que os trens de passageiro funcionavam a todo vapor, o Mercadão, como é conhecido, era um dos locais mais movimentados da cidade.
Sessenta anos depois, o lugar ainda resiste, porém com portfólio diferenciado, após perder espaço para os supermercados. Confira cinco curiosidades sobre o Mercadão de Americana:
1. As rachaduras nos boxes e a construção do anexo
Desde sua inauguração, o Mercadão funcionou como um centro de compras, onde se podia encontrar grande variedade de produtos. No início dos anos 1970, no entanto, o prefeito Abdo Najar quis manter no local apenas bancas de produtos alimentícios.
Os estabelecimentos de miudezas, aviamentos, roupas e calçados que haviam no local foram abrigados em boxes construídos embaixo do Viaduto Amadeu Elias, em frente ao Mercado Municipal.
A permanência, porém, no local não durou muito tempo. A vibração causada pelos veículos sobre o viaduto causava rachaduras nos boxes. Então, em fevereiro de 1976, o prefeito Ralph Biasi, que sucedeu Najar, construiu a galeria que funciona até hoje ao lado do Mercadão.
2. Luiza Padovani: a última remanescente
A história do Mercadão se confunde com a desta comerciante, última remanescente dos feirantes que ainda mantém banca no local. Não por menos, o espaço é denominado “Mercado Municipal Luiza Padovani”
Luiza e o marido, José, começaram a vender verduras no local desde a inauguração, em 1959. A banca era conhecida na época por vender produtos de primeira qualidade e tinha entre os clientes famílias tradicionais do município.
No início dos anos 1980, a banca da família mudou de ramo, passando a vender produtos de agropecuária. Atualmente, o espaço é administrado pela filha e comercializa ração e itens veterinários.
Com 95 anos, Luiza se afastou do trabalho em 2017, mas até hoje realiza visitas ao Mercadão.
3. O Chico da pastelaria nem sempre foi pasteleiro
Das atuais pastelarias do Mercadão, a Pastelaria do Chico é a que está há mais tempo com o mesmo dono e, certamente, é a mais conhecida. Mas você sabia que até os 50 anos de idade ele sequer imaginava vender pastéis?
Francisco Barichello foi industrial têxtil por 22 anos, até que no início dos anos 1990 o mercado para o segmento de tecidos começou a ficar deficitário. Então, aos 51 anos de idade ele decidiu mudar de ramo: investiu tudo o que tinha para adquirir o ponto no Mercado Municipal.

A tentativa deu tão certo que cerca de dez anos depois ele mudou para um espaço maior. Atualmente os negócios são tocados pelo filho e por um sobrinho e a marca já se expandiu para mais duas unidades, uma em Americana e outra em Santa Bárbara d’Oeste.
4. A tradicional homenagem à Nossa Senhora Aparecida
Uma das marcas do emblemático Mercadão de Americana é a devoção à Nossa Senhora Aparecida. Anualmente a Santa é homenageada por comerciantes e devotos.
No dia 12 de outubro, quando se comemora o Dia de Nossa Senhora, ao meio-dia, é realizada, em frente ao Mercado Municipal, a tradicional queima de fogos. O padre também percorre os corredores abençoando cada banca.
Há também ato religioso e a bênção de flores e objetos. A atividade é realizada por um grupo de devotos e conta com a parceria de agentes de pastoral, ministros e do padre da Basílica Santo Antônio.
5. Um local de artigos ‘exóticos’
Apesar de chamar atenção pelas tradicionais pastelarias, e possuir lojas de itens comuns, como açougue, peixaria e floricultura, o Mercado Municipal também se destaca pela excentricidade de alguns itens.
É comum algumas bancas mesclarem atualidade com tradição, oferecendo itens que dificilmente são encontrados em outros lugares.
Xaropes e chás naturais, doces caseiros, bacalhau importado, fumo de corda, artesanato, salgadinhos à granel são alguns dos itens que você só encontra no Mercadão.
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