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O relaxamento das medidas de isolamento social deve ser feito com cautela e equilíbrio “entre salvar vidas e proteger a economia”, segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). A declaração foi dada pela diretora do órgão, Carissa Etienne, e publicada esta semana pela Agência Brasil.
“Não há receita para a reabertura dos comércios. Nem há uma medida que se adapte a todos. A decisão da transição deve ser feita com muito cuidado. O princípio é encontrar o equilíbrio entre salvar vidas e proteger a economia. Entre desacelerar a transmissão – e evitar o colapso sanitário – e a minimização dos riscos dos problemas socioeconômicos”, disse Carissa durante conferência para a imprensa, transmitida pela internet.
Carissa explicou ainda os fatores a serem levados em consideração para flexibilizar o isolamento social. “Apoiem suas decisões políticas em dados; analisem as taxas de novos casos e mortes; avaliem a capacidade hospitalar e determinem o que é que lhes diz a propagação do vírus no seu país. As diferentes cidades não são afetadas da mesma forma e as capacidades hospitalares também são diversas. Cada país deve adaptar seu enfoque nos níveis estatal, distrital, municipal”, completou.

Testagem e Isolamento
Durante a conferência, o diretor adjunto da Opas, Jarbas Barbosa, defendeu o aumento da oferta de testes para casos suspeitos e, se houver confirmação, o devido isolamento e monitoramento da pessoa infectada e dos seus familiares, como medida para impedir a disseminação do coronavírus.
“Necessitamos ter um processo de transição muito bem planificado e estruturado, portanto temos que permitir algumas atividades, a começar pelos serviços mais essenciais. Mas, ao mesmo tempo, a cada passo que tomamos temos que dar seguimento a dois diferentes indicadores: o número de novos casos e o número de falecimentos – para ver se temos novos surtos de covid-19. E, ao mesmo tempo, [observar] a taxa de ocupação de leitos hospitalares e respiradores para que possamos avançar de maneira cautelosa. Temos indícios de que, se avançamos muito rápido, podemos ter outro surto muito em breve.”, disse Barbosa.
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