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10 de março de 2020Você sabe quais são os bairros mais antigos de Americana?

Legenda: Vista Aérea Entrada da Cidade - Foto Divulgação portalamericana.com
Americana é, historicamente, um município urbano. Apesar de possuir uma grande área verde em sua zona periférica, o progresso fez com que as construções se expandissem rapidamente, dando origem a vários bairros.
Comércio, indústria e serviço, que antigamente se estabeleciam na área central, hoje estão espalhados por todo o território americanense, formando, em alguns casos, quase que distritos independentes.
O município de Americana atualmente é dividido em dez áreas de planejamento (AP) através do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI), oficializado pela Lei municipal nº 4.597 de 1º de fevereiro de 2008.
Conheça alguns dos bairros mais antigos de Americana e suas contribuições para o desenvolvimento local.
Antônio Zanaga
Fundado em 1978, o bairro surgiu como Conjunto Habitacional (Cohab) com o sorteio de 709 moradias populares em uma área desapropriada. Localizada na região “pós-Anhanguera”, a área sofreu muito inicialmente, em função da distância em relação ao Centro da cidade.
Com o passar tempo, a região do Zanaga se tornou “independente”, com a instalação de estabelecimentos comerciais, bancários, supermercados, áreas de lazer, saúde entre outros, o que fez com que os moradores não precisassem mais se dirigir ao Centro de Americana em busca de serviços.
A boa localização e o fácil acesso – às margens da Rodovia Anhanguera – fez com que a região ganhasse, inclusive, um distrito industrial. Hoje o Zanaga é conhecido, por muitos, como um “mini-cidade”.
Jardim São Paulo
Sua fundação data do ano de 1954 em terras da família Frezzarin. Em localização privilegiada, o bairro fica entre as avenidas Brasil e De Cillo, dois pontos de integração com o Centro, com os bairros da região oeste de Americana e de fácil acesso à rodovia SP-304.
Sua paisagem se confunde entre residências, estabelecimentos comerciais, indústrias e uma ampla área verde.
Suas vias com nomes de árvores – Acácias, Bambus, Figueiras, Jacarandás, Ipês, Palmeiras – refletem a realidade encontrada ao caminhar pelo bairro. É um misto de modernidade e nostalgia.
Jardim Ipiranga
Fundado no início dos anos 1950, o Jardim Ipiranga recebe esse nome em homenagem ao riacho da capital paulista em cujas margens Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil. Localizado na zona oeste de Americana, é considerado um dos bairros mais nobres da cidade.
Com grande presença de residências e famílias tradicionais, os estabelecimentos comerciais se concentram na Avenida Iacanga e em outras vias arteriais do bairro. O nome da avenida e da grande maioria das ruas do bairro é inspirado na cultura Tupi.
Além de ser uma área muito tranquila, permite aos moradores um contato intenso com a natureza, afinal, nele está localizado o Jardim Botânico e o Zoo de Americana. Por isso, é muito fácil encontrar locais adequados para fazer uma boa caminhada ou até mesmo aproveitar a natureza para um belo piquenique em família.
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São Domingos
Região de muitas casas, comércios e prédios, o bairro São Domingos também dá nome à área composta por mais de 20 bairros, localizada na região centro-sul de Americana.
É um dos bairros mais antigos da cidade, com várias casas históricas. Sua população se destaca por pessoas com mais idade e construções antigas em terrenos com mais de 300 metros quadrados – algo incomum nos bairros novos.
O bairro São Domingos começou a ser “construído” na década de 1940 e cresceu bastante em função da proximidade com a região central do município e vias arteriais da cidade, como as avenidas Nove de Julho, Raphael Vitta e São Jerônimo, que ligam o bairro ao Centro.

São Vito
A história do bairro remete ao início do século 20 com a chegada do italiano Paschoal Ardito. Ele estabeleceu-se na Villa São Vito, povoado que havia se formado em Villa Americana (antigo nome de nosso município).
No local, Paschoal Ardito construiu a primeira capela da cidade, cuja imagem do santo foi trazida diretamente da Itália. Comerciante, abriu um armazém de secos e molhados, que por muitos anos abasteceu os moradores daquela região.
A rua onde foi construída a capela – hoje Igreja – e era localizado o armazém, recebeu o nome de Avenida Paschoal Ardito, em homenagem ao imigrante italiano, considerado o principal responsável pelo desenvolvimento do bairro.
Vila Cordenonsi
Um dos bairros mais antigos de Americana surgiu no entorno da área central. Suas vias principais concorrem à Rua Carioba, principal ligação entre o Centro e a região de Carioba – primeiro povoado urbano de Americana.
Uma das curiosidades da Vila Cordenonsi é a denominação “cult” de suas vias. As ruas recebem nomes de pessoas ilustres, como músicos, cientistas, escritores, jornalistas, políticos, médicos e professores.
Um dos exemplos é a Rua Carlos Chagas, homenagem ao cientista brasileiro que descobriu o transmissor do parasita Trypanosoma cruzi, inseto conhecido por barbeiro; justamente por esta razão, a infecção foi batizada de “Doença de Chagas”.
A Vila Cordenonsi é um dos bairros mais tradicionais de Americana, onde nasceram e ainda residem famílias tradicionais do município, como a família do nosso querido Chico Sardelli, inclusive este é bairro de nascimento do Chico.
É nele também que está instalada a sede administrativa do DAE (Departamento de Água e Esgoto), autarquia responsável pelo abastecimento de água do município.
Centro
A região conhecida por Centro de Americana não é, de fato, o centro geográfico do município. Isso porque, antes de sua fundação, haviam muitas dúvidas quanto aos limites do território americanense. Além disso, a região pós-Anhanguera era ainda um espaço não habitado.
Porém, esta região foi a principal responsável pela origem e desenvolvimento do município, passando a ser o Centro econômico de Americana.
O bairro surgiu no entorno da estação de trem que começou a ser construída no final do século 19, trazendo muitos operários e seus familiares. Em função do grande número de imigrantes vindos dos Estados Unidos após a Guerra Civil, o povoado recebeu o nome de Villa dos Americanos.
Hoje, o Centro de Americana é constituído, quase que integralmente, por estabelecimentos comerciais, restando poucas residências. A necessidade de expansão deu origem a outros bairros adjacentes, como Vila Rehder, Conserva, Vila Gallo, Vila Jones e Vila Medon, que são consideradas áreas da região central do município.
Carioba
Sem dúvida o primeiro bairro de Americana. Apesar de a história trazer como primeiras ocupações as fazendas de Salto Grande, Machadinho e Palmeiras, o começo do povoamento da cidade se deu em torno da Fábrica de Tecidos Carioba.
Os primeiros moradores chegaram em 1884, quando as indústrias eram comandadas pelos irmãos ingleses Clement e George Willmot. Mas a expansão ocorreu algumas décadas depois, com a falência da tecelagem, que então foi arrematada em leilão pelo alemão Franz Müller.
Encantado pela beleza natural do local, Müller fixou residência e construiu casas para seus seis filhos. Com novos métodos de trabalho e tecnologia, a Fábrica de Tecidos Carioba cresceu e a vila operária que se formava em torno dela foi expandida para abrigar seus colaboradores.
As ruas do bairro Carioba foram as primeiras do país a receber asfalto, importado da Alemanha. A rua que leva o mesmo nome do bairro é considerada a mais antiga via da cidade. Ela foi aberta em 1875 para ligar o bairro à estação ferroviária, no Centro.
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