Ficar sem poder sair de casa pode ser positivo para uns e entediante para outros. Tudo depende da rotina à qual se está habituado e como essa mudança pode afetar a saúde mental.

São vários perfis de pessoas: aqueles que moram sozinhos, aqueles que têm família numerosa, aqueles que trabalham em casa e, a cada um, cabe um tipo de orientação.

Aos que realizam home-office, é importante criar uma rotina e definir seu “cantinho de trabalho”, para evitar interferências e distrações com as demais pessoas que moram no imóvel.

Para os que estão totalmente sem trabalho, relacionamos dicas gerais, que se aplicam a quase todos os perfis de pessoas. E o melhor, se você não puder fazer agora alguma dessas dicas, pode fazer deixar a lista salva para fazer em algum momento que desejar! Confira quais são:

1- Arrume o guarda-roupas

Sabe aqueles serviços de casa que você sempre diz não ter tempo de fazer? A hora é agora! Organize suas roupas, calçados e acessórios. Separe em gavetas e cabides as peças por finalidade: roupas de trabalho, “de sair” e do dia a dia.

Separe as peças que não servem mais ou que saíram de moda. Doe para entidades assistenciais ou brechós. Além de fazer bem para você e ganhar espaço, irá ajudar a pessoas que precisam.

Aproveite e realize outras atividades que não são prioridade mas que você sempre quis fazer: modifique seu jardim, altere o layout dos móveis, organize a despensa da cozinha, etc. Isso ajuda a ocupar o tempo e ainda faz sentir-se útil em um momento tão delicado.

2- Faça cursos on-line

Sabe aquele curso que você não fez porque não tinha tempo? Suas desculpas acabaram! A internet é um vasto espaço de treinamentos, palestras e cursos livres sobre os mais diversos temas. E o melhor: grande parte deles é gratuito!

É a chance de transformar um tempo que poderia estar perdido em algo útil. Além de adquirir novos conhecimentos, que mais tarde poderão ser usados na sua profissão, é uma forma de manter-se ocupado e fugir um pouco das preocupações com a pandemia de coronavírus.

Existem cursos on-line gratuitos na Universidade de Harvard, FGV, Senai, Udemy, VTX Lab, Coursera, Sebrae, Really Education. Também existem, no Youtube, tutoriais básicos de jardinagem, culinária, organização do lar e outras atividades menos técnicas mas igualmente importantes.

3- Faça atividades em família

Curta o tempo com seu companheiro, filhos, animais de estimação. Realize jogos de tabuleiro em família. A maioria das escolas tem enviado atividades para serem realizadas em casa. Se isso não ocorrer, procure atividades na internet e as faça com as crianças. Mantenha uma rotina.

Videogame não é um problema. Os pais podem jogar com os filhos. Entenda o isolamento como uma grande oportunidade de fazer tudo aquilo que você diz não ter tempo por conta da rotina de trabalho.

Se não é recomendável sair de casa, invente brincadeiras de quintal: pega-pega, esconde-esconde, piscina, banho de mangueira, futebol, queimada. Casas são grandes playgrounds a serem explorados!

4- Evite bombardeio de informações

Em 2009 a pandemia do H1N1 foi tão – ou mais – grave que o Covid-19. A diferença é que os smartphones e redes sociais ainda eram pouco difundidos, o que diminuiu os efeitos da histeria coletiva.

Estudos mostram que em 2012 somente 14% da população tinha smartphone, ante 62% em 2016. Agora, em 2020, isso com certeza aumentou. O bombardeio de informações, principalmente sem fontes seguras, deixa as pessoas angustiadas e preocupadas.

Organize-se! Não fique “online” o tempo todo. Defina períodos do dia e veículos de comunicação em que você confie para se atualizar quando achar necessário. 

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5- Pratique atividades que gosta

Especialistas dizem que a atividade física feita de maneira regular e moderada melhora o nosso sistema imunológico. Isso ajuda, inclusive, na reação do organismo em caso de uma possível contaminação.

Como não é possível ir à academia – seja particular ou ao ar livre – tente adaptar-se às atividades caseiras: abdominais, polichinelo, agachamento são exercícios que podem ser realizados em ambientes domésticos, até mesmo em um apartamento.

Para a saúde mental, o artesanato e atividades manuais também são uma excelente opção: pinte, desenhe, borde, escreva artigos e poesias, crie um blog. Seja criativo!

6- Atualize seu currículo

Ninguém sabe como será ao final dos 15 dias – ou seja lá quanto tempo irá durar o período de isolamento. Muitos já foram demitidos. Alguns estão em home-office ou de férias. Mas em função do impacto econômico, manter-se empregado após a quarentena é uma incógnita.

Como está seu currículo? Há quanto tempo você não o atualiza? Aproveite a oportunidade para incluir seus últimos cursos, experiências e qualificações. Se fizer algum curso on-line neste período, aproveite para acrescentar.

É, ainda, uma oportunidade de você analisar seu perfil e considerar a realização de novos cursos de qualificação, mesmo que não seja possível nesse momento. Afinal, ninguém sabe o dia de amanhã.

7- Mantenha contato com as pessoas

No Brasil, mais de 6% da população sofre de depressão e mais de 11 mil se suicidam por ano – uma média de quatro pessoas a cada três horas. O isolamento social tende a agravar essa situação. Portanto, é importante estar sempre conversando com alguém.

Se o distanciamento físico é recomendável, a aproximação digital é uma grande alternativa. Em tempos de WhatsApp, a chamada de vídeo é uma excelente opção para diminuir a solidão. 

Idosos e pessoas com transtornos de ansiedade e síndrome do pânico são as que mais precisam de companhia nesse momento de crise. Não hesite em pegar o telefone e falar com eles. Invente um assunto, se necessário.

O importante é manter o contato sempre. Até porque, quando tudo voltar ao normal, a comunicação será ferramenta indispensável.

E lembre-se sempre, mesmo em casa, é preciso manter os cuidados necessários para sua prevenção contra o Covid-19.Gostou do conteúdo?

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