
Conheça os principais celeiros de craques para o futebol de Americana
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Legenda: Estádio Décio Vitta em Partida do Rio Branco em 20 de maio de 2012. - Foto Divulgação: site - asmilcamisas.com.br
O Rio Branco Esporte Clube é um dos principais reveladores de talentos do país e é reconhecido por isso. A lista daqueles atletas que saíram das bases do Tigre e alcançaram destaque no futebol nacional e mundial é extensa.
Além de jogadores promissores vindos de vários lugares do país, trazidos por olheiros e empresários, a lista e inclui jogadores nascidos em Americana. Aqui vamos destacar cinco deles. Confira:
Oswaldo Pisoni
Oswaldo Pisoni, cujo apelido era Topete, por ter o cabelo sempre impecável, também chamado de o “goleiro galã”, nasceu em Americana no ano de 1927 e, partindo do Rio Branco, onde foi revelado, defendeu as cores de grandes clubes do futebol nacional nas décadas de 1940 e 1950, como Ypiranga, Inter de Limeira, Santos e Portuguesa de Desportos, onde encerrou a carreira.
Outra marca na carreira de Pisoni foi ter sido o goleiro a sofrer o primeiro gol no estádio do Maracanã. Na ocasião, defendendo o Ypiranga, de São Paulo, ele foi convocado para atuar pela Seleção Paulista, que enfrentaria a Seleção Carioca naquele 17 de junho de 1950, no jogo de inauguração do “maior do mundo”. Aos 10 minutos da primeira etapa, Topete foi vazado em arremate de Didi, o “Folha Seca”, craque do Fluminense e do Brasil.
Após encerrar a carreira, retornou à sua cidade natal para exercer sua profissão: cirurgião dentista. Oswaldo Pisoni faleceu em 13 de junho de 2016, aos 89 anos.
Rosalem

Antônio Rosolem, no futebol chamado de Rosalem, americanense nascido no bairro São Vito, em 12 de dezembro de 1928. Foi a primeira negociação de grande vulto realizada pelo clube, quando o zagueiro deixou o Tigre para atuar no Corinthians em 1950. O defensor vestiu a camisa do Timão em 35 oportunidades, tendo sido campeão paulista em 1951 e do Torneio Rio-São Paulo em seu ano de estreia.
Para adquirir Rosalem, o Timão pagou ao Rio Branco a quantia de 60 mil cruzeiros. Além disso, a equipe americanense ficaria com a renda de dois amistosos entre os clubes. Houve apenas um jogo, em 19 de março de 1950, no campo da rua Fernando de Camargo, que terminou com uma vitória do Tigre, de virada, por 5 a 4, diante de um Corinthians que contou, dentre outros, com o goleiro Cabeção e o meia Luisinho, o “Pequeno Polegar”.
Além dos alvinegros, ao longo de sua carreira, Antônio Rosolem defendeu as cores do Nacional da Capital e do São Bento, de Marília. Foi ainda mestre de tecelagem na Têxtil Victor Atallah e um dos voluntários na fundação do Corpo de Bombeiros de Americana. Faleceu em 23 de outubro de 2005.
Legenda: Foto de Rosalem pela camisa do Corinthians – Foto Divulgação: Site Terceiro Tempo
Macedo
Dos atletas nascidos em Americana – em 16 de dezembro de 1969 – Natanael dos Santos Macedo, o Macedo, foi o que teve maior destaque na era do profissionalismo do Rio Branco, clube onde começou a treinar aos 12 anos. Foi peça fundamental no acesso de 1990, tendo sido o artilheiro do Tigre naquela temporada.
Um ano depois foi negociado pelo então presidente do Tigre, Chico Sardelli, com o São Paulo. Em troca, o clube americanense recebeu os passes do zagueiro César Xavier, do meia Aritana e do atacante Mazinho, todos com passagens marcantes pelo alvinegro ao longo daquela década.
No Tricolor, Macedo foi campeão paulista e brasileiro em seu ano de estreia. Em 1992, conquistou a Taça Libertadores da América, tendo papel fundamental ao sofrer o pênalti – convertido por Raí – no jogo de volta, diante dos argentinos do Newell’s Old Boys no Morumbi, levando o confronto para as penalidades. Foi também Campeão Mundial Interclubes.
Ao longo da carreira defendeu ainda o Cádiz, da Espanha, o Al Hilal, da Arábia Saudita, Cruzeiro, Santos (vice-campeão brasileiro de 1995), Vasco da Gama, Coritiba, Ponte Preta, Fortaleza, Ceará, entre outros, além da Seleção Brasileira no Pré-Olímpico de 1992. Teve uma segunda passagem pelo Tigre no Campeonato Paulista de 2003.
Marcinho
Márcio Rocha, o Marcinho, nasceu em Americana no dia 14 de outubro de 1971. Formado nas categorias de base do Rio Branco, o lateral-direito foi promovido à equipe principal em 1992, pelo técnico Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho. Permaneceu no alvinegro até 1994, quando acabou negociado com o Guarani, tendo sido um dos principais destaques do Bugre semifinalista do Brasileirão naquela temporada.
O bom campeonato nacional defendendo o time campineiro despertou o interesse do Flamengo no futebol de Marcinho, porém, uma lesão impediu que o jovem americanense se transferisse ao rubro-negro carioca. No Guarani atuou até 1996 e, posteriormente, nos anos de 2000 e 2001. Ao longo da carreira jogou também no Bragantino, Sport Recife, Gama (DF) – os três na elite do Brasileirão – e no Atlético Sorocaba.
Em 2002 voltou ao Tigre da Paulista, tendo sido titular em boa parte do Campeonato Paulista daquele ano – em especial, nas rodadas finais – quando o Rio Branco encerrou a competição no terceiro lugar, melhor colocação da história do clube no Paulistão.
Após encerrar a carreira, Marcinho foi auxiliar técnico de clubes como o Oeste de Itápolis e América de Natal. Atualmente, comanda o projeto de escolinhas de futebol de base Camisa 1, no campo do Jardim São Paulo, em Americana.
Pituco

Luiz Gabriel Sacilotto Filho, o Pituco, americanense de 18 de março de 1983, passou por todas as categorias de base do Rio Branco, ganhando destaque na campanha do Tigre na Copa São Paulo de Futebol Júnior dos anos de 2003 e 2004. Entre as duas disputas esteve emprestado ao St Patrick, da Irlanda.
Tendo deixado o país com apenas 21 anos, Pituco construiu uma longa carreira internacional, em especial, na Itália, onde nas equipes do Perugia, Valfabbrica, Cesena (na elite italiana), Virtus Lanciano, Nocerina, Latina, Robur Siena e Lecce.
Encerrou a carreira em 2016, quando atuou no Tupi, de Juiz de Fora (MG), na Série B do Campeonato Brasileiro. Desde então, de volta à Americana, se dedica aos negócios e à sua família, uma das mais tradicionais do município.
Craques que adotaram Americana como cidade
Apesar de não terem nascido em Americana, uma série de atletas que despontaram para o futebol no Rio Branco e se destacaram pelo mundo, inclusive com passagens pela seleção brasileira, escolheram a cidade para fixarem residência.
Dentre inúmeros casos, podemos citar o volante Flávio Conceição (ex-Seleção, Palmeiras, La Coruña e Real Madrid), Sandro Hiroshi (campeão sul-americano com a Seleção Sub-17 em 1997) e Aritana (atleta que mais vestiu a camisa do Tigre).
Algo semelhante aconteceu com Zé Teodoro, ex-lateral do São Paulo, que não atuou no Rio Branco como jogador, mas, teve três passagens como técnico do clube e mora em Americana há anos.
Vale também lembrar o nome de Marquinhos Sartore, goleiro dos anos 1980 e 1990, técnico vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2008, ídolo do Tigre, falecido em acidente automobilístico, que nasceu em São Paulo, porém, foi criado na cidade.

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